Era 4h28 da manhã. Eu acabava de chegar de uma baladinha, aonde encontrei amigos que não via ha muito tempo. Encontrei também algumas meninas que também não via a um bom tempo, então escrevi este email que nunca enviei:
… Enquanto elas falavam e falavam na minha orelha, eu olhava longe, vendo as pessoas indo e vindo, dançando, se beijando. Não estava ali.
Eu fico me perguntando quantos anos você tem… Por que dá tanto valor aos prazeres materiais/carnais e não percebe o quão mais feliz se pode ser com amor.
Este é o email que eu não mandarei, pois ele não tem muito nexo. Eu não estou bebado, nem ao menos bebi. Mas estou embriagado em meus pensamentos. Incomodado pois você não tem nada a ver comigo.
Eu sou espiritualizado, vc é carnal. Sou paz, vc é movimento. Sou silêncio, ternura. Você é barulho e tapas na cara (previsão! Acreditem, esse texto é mesmo velho). Você é vislumbrada com as vitrines do mundo, eu ja sou um velho pleno, assistindo a vida de maneira serena.
Mas não adianta. Posso lembrar de todos os seus milhares de defeitos, das marcas em que não gosto em seu corpo, das vezes que me fez sofrer e tudo mais. (…) Me incomoda tanto que estou aqui, já 4h37, escrevendo palavra á insólitas em um email que nunca mandarei. Não sei por que, não sei pra quem. Talvez eu publique em meu blog, depois que tudo isso acabar, que não houver mais você ou eu…