Dia dos namorados quase acabando, e então chega uma mensagem no celular.

Que poder é esse de me tirar do conforto de meu sofa, do quentinho da minha casa numa noite fria? Que poder foi esse, junto com certa pretensão em dizer que só de estar já é um convite. E é! Que poder tem…

Pequena ninfa de olhos serenos, que busca e foge e se cala por dias, semanas e meses sem fim.

Que julga sem conhecer, tira conclusões erradas sobre esse pobre ancião que lhe escreve. E ainda diz temer isso!

Saiba que eu busco sim o que lhe parece não me importar. Eu me importo sim. Eu quero dividir, ter alguém pra compartilhar, mais do que simplesmente dar ou comer ou beijar. Quero expor meus problemas, criar soluções para os seus. Quero te colocar pra dormir e poder te acordar tocando seu corpo.

Minha aparente auto-suficiência é apenas por que eu já aprendi a me virar sozinho, já sei aonde não encontro o que busco, e confesso, não acreditava ter em você o que busco.

Você não deu o que comumente se crê que eu quero que dá. Você deu o que eu realmente quero. A explicitação do sentimento, da intenção, a serenidade e conhecimento de saber quem realmente é, de dizer quem realmente é e deixar claro o que pode e o que não pode fornecer. Você deu o beijo, o olho no olho. Deu as mãos e o carinho, e basta.

Acerta quando diz que não gosto de fórmulas prontas. Mas eu gosto de cria-las. E você me deu um x para eu descobrir qual é…