Houve um momento de minha vida, lá pra 2007, que eu tive uma grande desilusão amorosa. E a partir daquele momento, eu não queria mais me apaixonar pra nunca mais sofrer, e acreditei que poderia evitar isso. Inconsciente, como forma de me blindar, ou provar a mim mesmo que isso seria possível, eu ficava com todas as mulheres que me apareciam. Foi o momento que eu mais fiquei com mulheres.
Saia com todo mundo. Transava com quem acabava de conhecer, dava em cima de amigas (e as vezes dava certo e ficávamos, irresponsávelmente), pegava clientes (que davam abertura, pra não me prejudicar profissionalmente)… Enfim, minha vida sexual era muito ativa. Não passava uma semana sem transar com alguém, algumas semanas com mais de uma, duas ou três. E é curioso a minha facilidade em falar sobre isso, falar sobre sexo, sobre minhas aventuras e erros (há talvez uma facilidade maior por eu ser homem, mas não quero entrar nessa questão agora).
Eu não tenho problema em falar da minha vida pois minha consciência é tranquila e caminha em paz com minhas condutas. E eu não julgo quem não tem a mesma facilidade pois creio que isso em mim é excepcional e raro. A maioria das pessoas não é assim. Isso me aconteceu quando eu de fato liguei um foda-se para o que pensavam de mim.
Eu passei a olhar pra mim e entender meus atos, meus bloqueios, minhas falhas, e aceita-los com amor. Então passei a ter segurança de assumi-los e falar sobre eles com naturalidade e tranquilidade, assim como relato no início desse texto.
E acredite isso é uma bola de neve. Quanto mais você aceita suas condutas, mais você se sente confortável em expô-las. Não que você precise expô-las, como eu faço, descaradamente, como base para minhas composições artísticas. Mas você passa a se sentir confortável em responder sobre elas, ou simplesmente olhar pra elas.
O oposto também acontece, e é provável que ao ler isso, você esteja negando a si mesmo todas essas informações. Provavelmente você está se reafirmando que sua consciência está em tranquila e caminha em paz com suas atitudes, e paralelamente, está achando toda essas minhas conclusões um insulto a sua pessoa. Está tudo bem assim, é um processo natural e humano que dá trabalho e demora um pouco para ser quebrado. É necessário olhar com mais atenção a isso e você começa admitindo a mínima possibilidade disso estar de fato acontecendo.
Não interessa o que os outros pensam da gente. O único julgamento que nos interessa para nosso crescimento, é o nosso próprio julgamento. E quando você se sente incomodado em falar sobre suas ações e atitudes, há provavelmente um auto julgamento velado e inconsciente. Traga esse sentimento a luz e acredite que não há nada de errado com ele. Não há nada de errado em fazer o que sua alma pede pra fazer. Seja pra fugir, se proteger, auto defender ou se blindar de algo que lhe machucou no passado, ou que seja mesmo apenas vontade e curtição. Está tudo bem, aceite isso pra poder enxergar, chegar a causa, tranquilizar sua alma e viver feliz e em paz.
Esse é meu segredo, que eu descobri em um momento da minha vida em que estava machucado, lá por 2007 e trago pra você que lê. Por que eu quero o bem das pessoas e jamais vou julga-las ou condena-las.
Até por que, meu teto é de vidro e eu gosto assim, para que eu veja o céu e as estrelas.
É tão bom, você pode vir também, te apresento todas as constelações.
Por aqui, você pode começar a se abrir com tranquilidade.
Seu carrinho está vazio.