Estou aqui mergulhado em meus dilemas mesquinhos, observando dores alheias sem poder fazer nada.
Tantas frases prontas, de conforto ou incentivo, mas só a gente sabe o que bate aqui dentro de nós mesmos. E nada que falem realmente nos supre.
Por qualquer motivo, os sonhos estão corrompidos. E se é hora de se despedir, que façamos isso com a certeza de que a vida continua.
Eu trabalho minhas emoções observando as emoções de outra pessoa. Me questionando se é melhor sair de repente sem olhar para trás, ou ter tempo de despedir, com um abraço apertado e palavras declaradas de amor.
Sair rápido, pra doer tudo o que tem que doer de uma vez só e cultivar a saudade. Ou tocar mais um pouco, curtir até o último momento, até o quanto puder.
A vida é tão cruel e garanto que nem a pessoa mais feliz do mundo tem uma linha reta perfeita, sem nenhum nó para desatar. Pois ninguém pode ser feliz sem nós. É no nó que nos sentimos vivos, que lembramos que há um coração dentro de nossos peitos. E lágrimas são melhores que palavras.
Então, é indiferente se despedir ou sair de repente. O importante é sentir o que tem que ser sentido, com intensidade. Que fique claro que está tudo certo, que houve amor. Deixe a lágrima cair visível, mas deixe também um sorriso pequeno no rosto, para que se saiba que está tudo bem.
Eu aqui mergulhado em meus dilemas mesquinhos, morro de medo dos atuais dilemas alheios. Ainda mais sabendo que logo serão meus, e eu não sei se quero que seja rápido. Quero curtir cada momento. Então, trazendo para meu atual momento, farei isso.
E deixa a dor, pra quando tiver que ser sentida. Deixa a dor a Deus. Adeus!
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2 Comments
Lindoooo lindoooo
Muito lindo, triste e de alguma forma, de conforto.