Eu estava caminhando distraído e tropecei em uma pedrinha.
Que pedrinha bonitinha que me chamou a atenção. A peguei e era quente, com toque suave. Resolvi guarda-la para mim.
Com o tempo, olhando aquela pedrinha, não entendia o que ela significava e comecei a querer saber o que tinha por dentro.
Tentando lapida-la, tirar as pontas imperfeitas, lixando daqui, limando dali, minha pedrinha trincou.
Quando trincou, eu pude ver exatamente o que havia dentro. Talvez fosse tarde, ela estava quebrada, mas agora eu sabia como era ali.
Posso simplesmente joga-la fora, em pedaços, ou posso juntar todos os pedaços em minhas mãos e guardá-los todos juntos. A pedrinha está ali.
Então resolvi fazer isso. Mesmo que quebrada, mesmo que nunca mais seja a mesma peça única, vou guardar esses pedaços em minhas mãos, apertá-los com força e segura-los até que não aguente mais, ou até que um milagre cole todos os fragmentos e ela fiquei intacta novamente.
E se isso acontecer, eu já saberei o que tem dentro. Não vou mais mexer. A cuidarei assim, com todas suas lascas e imperfeições
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