…Com água na cintura, eu sei nadar. Mas quando cogito entrar nesse mar, confiando ou não no canto dessa sereia, o que farei lá!?
Fora de meu habitat, sufocado e submerso, com poderes minados de minhas asas molhadas, ela pode me provar confiança e cuidar de mim no fundo do mar. Mas quem cuida dela e de todas as outras?
Com água na cintura, eu sei nadar, e olho o horizonte. Vejo ela seduzir e matar outros pescadores menos afortunados, apenas por instinto, ganância e diversão. As ondas batendo em minha perna, me desequilibram e me empurram, ora para dentro, ora para fora, e titubeio. Admiro sua cauda, ouço seu lindo cântico, olho nos olhos e dou um passo para trás.
Anjo sabe sim nadar, e eu quero mergulhar, mas também quero te tirar dai. Você diz que paga pra ver, mas eu temo ter que pagar também, e o valor ser muito caro.
Temos metas diferentes, eu sou de voar, você se finca em matéria. Quero relaxar, você quer correr atrás de seus desejos mais tolos, e o mais triste que pode me acontecer é ver um humano ter seus desejos alcançados.
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Sempre encontro as respostas para minhas dúvidas….