Eu particularmente sou atento as oportunidades que a vida me dá, e é por isso mesmo que procuro deixar sempre tudo limpo, meu caminho, meu carater, minhas vontades, minha índole. Tudo as claras, sem segredos nem mentiras com ninguém.
Quem já conviveu comigo sabe disso. E quem já teve interesses diferentes dos meus, sabe ainda mais, por que eu não conflito, não disputo nem finjo. Sou explícito.
Agora me intriga pessoas que negam as possibilidades, ou reagem com espanto a elas. Por exemplo, tenho uma amiga que quando eu a convido pra sair, ela pensa que estou pedindo ela em casamento. Sempre nega com um “estou namorando” que chega a soar falso as vezes. Poxa, leva seu namorado. Eu não quero ficar com você (ainda não. Nem te conheci direito). Só estou te convidando pra sair!
E tenho outra amiga que não é bem amiga. É amiga de uma amiga, que é o contrário. A pedi em casamento outro dia e ela renegou com tanto desprezo (pleonasmo poético), como se eu estivesse simplesmente a convidando pra sair.
Ela não me conhece, não sabe quem eu sou, nem sabe se de repente eu sou o homem da vida dela, aquele, pedido em preces, jogado em seu caminho como cortesia e súplica daquele Santo Antônio de ponta cabeça no copo d’água.
Todas pedem tanto um bom homem, mas ela me renegou sem ao menos ver o que era. Quem eu era. Por simples “fidelidade partidária” (e nem to falando de homossexualismo – acho que não).
Negar seria mais justo, mais humano e mais inteligente. Por que para se viver não basta ser ou ter amigo, tem que ser inteligente! Amigo, qualquer cachorro me é.
Amanhã aquela sua amiga arruma um homem para casar, vai te chamar de madrinha por toda a sua cumplicidade. E o padrinho!? Vai ser um cara ai qualquer que você nem conhece, amigo do feliz casal. E você vai topar pois está solteirona, mas é amiga.
Eu não renegaria alguém que o destino colocasse a minha disposição. Como nunca reneguei. No máximo, simplesmente negaria, com boa justificativa e tenra gratidão pelo interesse. Por que não se sabe quais curvas a vida fará.
E quer saber!? Você, amiga cúmplice que a poupa, na verdade, pensando a fundo, é a que a faz sofrer. Pensa bem: Eu chegaria pra aquela pessoa que me quer e diria “poxa, com todo o respeito, não rola. Ninguém precisa sofrer aqui. Vamos deixar pra lá, guardar isso entre nós e ninguém aqui ou ali sai machucado”.
Maduro, adulto e claro… Já foi.
Seu carrinho está vazio.