Pequena Despedida

Escrevo aqui uma pequena despedida, por dois pequenos motivos. O primeiro em homenagem ao grande herdeiro do trono, que adora blogs. O segundo por que tinha um tópico chamado “Pequena Despedida” em nossa comunidade que sumiu. Alias, a meu ver, sumiu toda a comunidade, inclusive o herdeiro do trono.

Existe uma grande decepção aqui e por isso me despeço: Eu já estava deitado, refletindo sobre as coisas do dia quando me deparei com os percalços da própria comunidade. Então fiz um balanço de tudo o que eu aprendi com os comuns a mim e fiquei impressionado como aprendi muito.

A primeira coisa que aprendi é que não é fácil comandar. É necessário ser muito bom para dirigir e eu percebo por todos os rastros deixados, que exerci bem meu papel enquanto o exerci. De 5000 pessoas, a grande maioria apenas assiste e do resto, que interaje, ganhei mais amigos que inimigos. Talvez 2 ou 3 inimigos apenas.

Aprendi também o que é alter-ego. Não sei se entendi direito, mas me parece que alter-ego é o inverso do seu verdadeiro eu. Que muitas vezes te domina, mas muitas vezes te faz se rebelar e se revelar agressivo e avesso àquilo que realmente desejas. Por exemplo, o meu ego tem a capacidade de criar um blog e se comunicar com as pessoas de todos os níveis culturais e todas te compreenderem e muitas vezes ovacionarem o que você diz! Pode ter cabelos compridos, usar roupas rasgadas, brinco e ficar bem com isso. Meu ego tem discernimento e compreensão extrema. Consegue ouvir (ou ler) qualquer coisa, seja um elogio, uma crítica ou uma ofensa a si ou ao próximo e compreender a razão de quem a diz, tendo capacidade de discernir o que lhe presta ou não.

Enfim, meu alter-ego seria exatamente o oposto disso e dependendo de meu temperamento, eu passaria a ter um sentimento extremo (amor ou ódio) por quem apresentasse essas características opostas que eu desejaria ter. Ainda mais, se elas se apresentassem como frustração em minha própria vida.

Eu aprendi que não se pode empurrar coisas goela abaixo das pessoas pois geralmente elas vomitam. Por melhor que seja o sabor, a oferta violenta e explícita assusta. Ainda mais quando são pessoas humildes e fracas. Geralmente essas pessoas são mais temerosas e agem com agressividade para se defenderem. O desconhecido assusta e o novo sempre trás novas possibilidades de erros e responsabilidades. Por isso, aprendi que as vezes é mais fácil ficar calado, parado no mesmo lugar, observando e criticando, do que aceitar mudanças e nadar contra ou a favor da maré. É mais fácil vaiar ou aplaudir do que fazer o show.

Enfim, para não me estender muito, aprendi tudo o que eu tinha que aprender. E ensinei muito também. Ensinei tanto que aposto que muitos já perderam o sono como eu perdi hoje e quiseram escrever algo a respeito. Acredito até que passaram madrugadas escrevendo, em um caderninho velho que se esconde no âmago de suas almas. Com o medo de criar, se empenham a vasculhar, debugar e descobrir a criação alheia. Medo de expor seus pensamentos. Medo de errar. Eu aprendi que nem todos têm a coragem que eu tenho e eu devo respeitar isso.

Cheguei a um ponto que a relação não é mais simbiótica. Eu apenas doava e não recebia nada. E no âmbito angustiado de receber algo, comecei a empurrar coisas desconhecidas de maneira tão hostil que fui atacado, em uma ação grotesca e ignorante por pessoas que não querem crescer. Aprendi que não se pode forçar alguém a crescer e se eu permanecer por aqui, talvez eu passe a andar corcunda novamente para ficar mais próximo, além de passar a falar com menos sílabas, através de resmungos primitivos. Isso seria retrocesso!

Então eu me despeço antes que seja tarde. Antes que me odeiem o bastante para me entenderem completamente e eu não mais servir de exemplo. Pois a melhor maneira de ensinar é calado, dando exemplos.

Desejo a vocês um próspero engrandecimento espiritual, mental, pessoal e consequentemente profissional. Se o imperador permitir, minhas aventuras e desventuras se imortalizarão nos tópicos empoeirados do passado, e servirão de inspiração para novos militantes. A quem gosta, podem continuar lendo meu blog, visitando meus sites, admirando minhas fotografias e trabalhos. E a quem quiser ajuda ou uma simples palavra amiga, é só me chamar por scraps, msn ou email. Mesmo meus inimigos.

Eu me sinto um ser de luz e superior, pois tenho o dom de ajudar sem considerar a quem, nem querer nada em troca e me engrandeço demais com isso! E essa foi minha maior lição.