Quando eu penso num amor ideal, eu me lembro de você.
Você foi uma pessoa que passou na minha vida e que eu senti o seu amor de uma forma que eu nunca havia sentido ninguém me amar.
O seu amor de zelo, de respeito e de cuidado. Mesmo sem estar sendo retribuída, você me amava e me fazia sentir todo esse amor. Mas eu perdi você por que eu não senti de volta, embora hoje eu reconheça esse sentimento.
E sei que você me ama até hoje, e hoje eu também te amo muito. E ainda é um amor diferente, maduro, limpo. Algo que eu não sei explicar, mas que não bota em risco nenhum outro relacionamento que a gente esteja vivendo no momento.
Eu lhe escrevo isso pois então de repente, eu pensei ter encontrado alguém que me amasse desse jeito. Alguém que me fez lembrar desse amor pleno pois eu senti novamente todo o cuidado, lealdade e respeito. Só que dessa vez era o oposto. Eu queria viver aquilo, queria agarrar, ficar, mas a outra pessoa não queria. Mesmo me amando, zelando, demonstrando o amor e cuidando, ela não queria pois dizia que perdeu a leveza. E eu concordei com ela, pois perdeu mesmo a leveza.
Por que eu agarrei com tanta força e me apaixonei. Não por ela em si, mas pela ocasião de estar sendo amado e cuidado desse jeito diferente novamente. Pela ocasião de ter encontrado novamente esse amor, e então eu me joguei totalmente, de uma forma descuidada, que pesou. E de novo, como sempre acontece em minha vida, eu perdi.
Eu queria conseguir entender qual é o padrão que se repete em minha vida. Mesmo que ela tenha tentado me convencer que não é um padrão, que ela não está no que me parece padrão, mas sim que é apenas uma ocasião, que isso é diferente de todas as outras vezes. Mesmo que não seja um padrão, por que se repete? Mesmo que seja ocasião, eu não permiti que acontecesse. Fui eu quem pesei tanto que abafei. Fui eu quem não permitiu que acontecesse.
O que será que eu faço? O que será que eu busco? Será que eu sem querer busco esse sofrimento? Será que meu padrão não é por uma mulher e sim por esse sofrimento? Por que o Universo me dá pela segunda vez essas mulheres. Repetiu esse amor puro, integro, e eu fiz que fiz pra sofrer, pra acabar. Da primeira vez eu soltei, e agora apertei com tanta força que quebrou em minhas mãos.
E dai, eu mergulho num sofrimento sem fim, e saio gritando poesias e publicações em minhas folhas, canais e redes sociais. Querendo demonstrar e justificar minhas dores, como se eu fosse merecedor daquilo. Como se as pessoas tivessem que ver que eu estou pagando por algo…
Não tem que ser assim. Não pode continuar sendo assim. Eu espero que esse seja o último texto de coração partido que eu escrevo. Não por ter fé que meu coração jamais se partirá, mas por não querer mais repetir esses padrões…
Enfim, quando eu penso em um amor ideal, me lembrarei de vocês. E eu agradeço por um dia terem me amado como me amaram. Por terem me mostrado que esse amor existe, e sou muito feliz por tê-lo sentido isso. Mesmo que nesse momento eu esteja triste, aconteceu, e eu vivi e sei que é real.
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