Tenho observado uma nova ‘geração’ de pessoas, que tenho carinhosamente chamado de “Geração Teoria”.
É aquele tipo de pessoa que da nomes complexos para qualquer movimento que a gente fez a vida inteira, como se fosse uma nova técnica. As vezes vem mesmo com uma nova técnica, uma nova ‘roupagem’ para algo simples que sempre funcionou do modo antigo.
Essa turma gosta de fazer reuniões, ou ‘calls‘, como gostam de chamar, pra perder meia hora conversando e debatendo sobre algo que na prática, seria resolvido em 5 minutos ou um email trocado.
Nunca trocou um um gás, mas tem um projeto incrível de como transportar o botijão até a cozinha, através de um módulo operacional de rodinhas que desenvolveu no TCC do curso técnico online de Metodologia Analítica de Coachs Supervisings.
É a pessoa que consegue criar um ‘prompt’ de comando para fazer a IA (ou “AI” – Eles preferem em inglês) recitar uma poesia, mas mal conseguem ter empatia ou sensibilidade para cheirar uma flor. Alias, são capazes de perder horas discutindo um novo termo para distinguir a tonalidade exata do vermelho da flor vermelha.
Eu só quero cultivar a flor e sentir seu perfume, por a mão na massa, depois escrever poesias invés de ‘to-do lists‘ cheios de meticulosidades e megabites.
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