Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais, é mera coincidência (ou inspiração). O teor do texto é machista e ofensivo e não retrata a personalidade do autor.
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Vou confessar uma coisa a vocês. O meu casamento a muito tempo estava uma merda. Alias, acho que todo casamento depois de um tempo fica uma merda. A gente se acomoda naquela situação. Não tem como sentir tesão pela mesma mulher depois de alguns anos. Filhos, roupas sujas, pouca vaidade.
Bonitinho foi ler uma conversa de minha mulher com uma amiga uma vez no msn. “imagina, o Arnaldo é muito de boa. Eu tenho certeza que ele não me trai”. Eu não sei se mulher se faz de boba, ou é boba mesmo. A gente tem duas bolas no meio das pernas que por mais pacato que eu seja, estão ali, produzindo coisas que tem que ser expelidas.
O negócio é fazer bem feito. Mulheres distantes e sem relação nenhuma com nossas mulheres. E prostitutas. A melhor coisa é prostituta. Você vai lá, faz o que tem que fazer, recebe carinho, atenção, paga e vai embora. Sai mais barato, não tem envolvimento nem enchessão de saco.
Casamento. Quem foi que inventou isso? É a instituição mais antiquada e fora de realidade do mundo moderno, ou de todos os tempos.
Feliz é meu cunhado. Solteirão, sem filhos, bon vivant assumido. Está cada hora com uma mulher diferente. Não tem despesas com filho, com fraldas, não tem que aguentar mau humor de esposa de TPM.
Bom, pelo menos era assim, por que outro dia ele chegou na casa de minha sogra com sua nova namorada. Fugi pelos fundos rapidamente. A nova namorada dele era uma das prostitutas que eu costumava sair em minhas viagens a “negócio”.
Meu cunhado é louco. Não sei até hoje se ele sabe disso ou se está sendo um idiota. Por que, com certeza namorar, pagar jantares e mimos, sai muito mais caro. Sem contar a moral. Que moral esse babaca tem?
Poxa, eu queria tanto falar para ele. Mas não posso. Como vou dizer que sei quem ela é sem dar bandeira que eu traio a irmã dele?
Eu fiquei instigado. Liguei para ela de novo um dia desses. “Josimar”. É o nome dela na agenda de meu celular, pra não levantar suspeitas. É o mesmo nome de um amigo antigo, que nem sei por onde anda. Ela atendeu toda doce, como sempre, mas não fui ve-la não. Espero que ela tenha me esquecido, pois qualquer dia a gente se cruza na casa da sogra.
Mas foi realmente doce e educada. Será que sabe que sou cunhado de seu namorado? Se soubesse, será que me trataria melhor ou pior? Ou nunca mais me trataria de jeito nenhum…
Me perco em minhas idéias. Será sorte ou azar de meu cunhado ter aquela mulher quando quer. Sem ter que pagar nada tão explícito. Poxa, a garota quer estar com ele, deve fazer muito mais, muito melhor do que já faz em seu trabalho. Ou não. Não sei.
É… Feliz é meu cunhado. Ainda mais se sabe de tudo. Por que traição não é adultério. Ai se minha mulher permitisse meu comportamento adultero, eu seria sincero com ela. E se essa mulher de meu cunhado confessa a ele o que faz, então, feliz é ele.
Então. Feliz é ter um relacionamento de cumplicidade. Tenho inveja do meu cunhado, por que só paga quem não consegue ser amado.
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Nelson Rodrigues style.