Pensei que Samanta me tiraria o sono. Mas não foi ela quem tirou de verdade. Alias, ela me surpreendeu. Deu umas cochiladas antes de eu ir dormir, mas foi dormir comigo definitivamente. Parece que entendeu que aquela era a hora. Deitou no chão, próximo a minha cama e apagou. Me acordou no dia seguinte, as 7h. E quem me conhece sabe que 7h é madrugada pra mim.
Tudo bem. Brincou um pouco com minha mão, e em 10 minutos percebeu que eu queria dormir mais e dormiu também. Até as 9h.
O Síndico do prédio que me tirou o sono. Me acordou as 9h. Interfone tocando para dar a notícia. Eu não poderia ficar no prédio com ela, por ser uma cachorra de porte médio/grande.
Olhando para a casa toda bagunçada e suja, e ainda tendo que tomar providências de me mudar, eu cheguei a ter pensamentos de arrependimento.
É complicado ser sozinho, não ter aval nem apoio de ninguém para tomar decisões ou corrigi-las. Ainda mais com toda essa crise, onde não podemos fazer extravagâncias financeiras. Fiquei meio sem chão, mas, o que seria o motivo de todo o transtorno, o ponto que me fazia me arrepender, ora inundava minha mente com outra ideia: “Vai valer a pena!”
Cachorrinhos pequenos, permitidos latem no vizinho, rosnam pra você no elevador. A Samanta é uma golden, raça conhecida por ser dócil, silenciosa, educada. Será que terei mesmo que sair?
O síndico me deu uns 4 meses (até ela crescer), mas resolvi fazer uma carta aos moradores, com uma petição, para que nos deixem ficar mais!
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