Qualé dessa da gente fazer planos? Por que precisamos sempre visualizar um caminho pelo qual desejamos seguir e inevitavelmente, provavelmente, encontrar a frustração?
Meu nome é Claudio e eu sou um ser solitário. Já disse em algum momento que busco em meu passado a curva que me fez ser assim. Talvez quando eu troquei uma das melhores mulheres da minha vida para ter minha primeira aventura sexual com duas garotas. Parece que desde então, fui amaldiçoado e a partir daí todos os meus relacionamentos se resumem em sexo.
É importante dizer que eu terminei o namoro para viver essa aventura. Ela era linda, morena, cabelos compridos, alta, seios grandes naturais. Grandes a ponto de incomoda-la. Foi difícil toca-los por isso. Pareciamos adolecentes na sala de minha casa.
Eu tinha 28 anos de idade, estávamos assistindo um filme em uma das primeiras noites que passávamos juntos. Comecinho de namoro. O filme se tornou pouco interessante e passamos a nos interessar mais por nós mesmos. Os beijos se tornaram mais intensos e os amassos quentes. A luz da tv piscando e mudando de cor, dava um clima todo especial aquele momento, mas de repente eu descobri que os seios dela eram proibidos.
Justo os seios, a parte do corpo de uma mulher que eu mais gosto. A parte que me supre de uma infância conturbada, de um nascimento disforme… Sim, eu nasci com um pequeno problema que me ausentou do colo de minha mãe por alguns meses. Não sei se isso é realmente verdade, mas eu prefiro pensar que sim, para justificar minha tara quase patológica por seios.
Lembro que a minha vizinha vinha tomar sol na piscina de casa junto com minhas irmãs, e elas faziam topless. Eu ficava louco e arquitetava verdadeiras maravilhas óticas com espelhos para ve-la sem ser visto. Foi naquele momento que comecei a me descobrir e descobrir que eu tinha tamanha tara por seios.
Bom, mas voltando a minha sala em 2006. As coisas estavam realmente barradas ali. Já estávamos quase nus, a mim faltava a cueca e a ela toda a lingerie. A calcinha sairia fácil, mas o sutian, quase tinha uma trava. Não consegui de maneira nenhuma não verbal, até que parei tudo e perguntei o por que.
Ela realmente era traumatizada com seus seios e eu insisti em ve-los, com o discurso da sinceridade, que eu duvidava que seriam feios mas se fosse, seria muito sincero e lhe diria. Eu não sei se ela caiu em minha lábia ou simplesmente estava com mais tesão do que vergonha, mas abriu seu sutian e os segurou com as mãos, soltando lentamente.
As sombras dançavam com a luz da tv, mas eu podia ver que aqueles seios eram um dos maiores e mais lindos que eu já havia visto em toda a minha curta vida. Transamos muito aquela noite, ali na sala mesmo, no sofá. E ela tinha um jeito de colocar os pés em minhas coxas que me deixava louco. Pés também são outra tara minha, mas essa eu não sei explicar.
Enfim, estávamos começando um relacionamento de verdade. Já estávamos a mais de dois meses juntos. E embora o sexo fosse muito bom, eu não era muito afim dela. Ainda tinha resquícios de sentimentos por minha ex namorada. As vezes eu achava que ela me sufocava um pouco. E dessa vez não estou falando dos seios dela.
Então um belo dia, chega uma mensagem de uma amiga pedindo uma ajuda. Ela, bissexual, estava saindo com uma garota que nunca tinha saído com garotas e queriam transar pela primeira vez. Ela me pedia para “apadrinhar” a namoradinha dela, já que para uma primeira vez com uma mulher, queria que tivesse um homem junto.
Hoje, com mais maturidade, eu posso jurar que isso foi só pretexto. Acho que por algum motivo elas queriam sair comigo e inventaram essa de primeira vez. O que eu sei, é que, pretexto ou não, aquilo mexeu demais com minha libido e eu esqueci totalmente os seios grandes e perfeitos de minha namorada.
Porém, eu não sou o tipo de cara que trai. Novamente fatos de minha infância construiram em mim uma personalidade fiel. Posso até ver uma mulher chorando por um termino, mas simplesmente não suporto ve-la chorar por uma traição. Quando termino um relacionamento para ficar com outra mulher, mesmo que tenha a intenção de voltar depois, me sinto mais homem. Mesmo que ela chore, me sinto digno e me orgulho de minha pseudo sinceridade.
E lá estava ela chorando, perguntando o por que e eu sem dizer, inventando desculpas e terminando com os seios mais lindos do mundo para me aventurar por um fim de semana nos braços de duas garotas.
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1 Comment
Continua que estou gostando…. o interessante é que o fim do livro pode estar mais perto do que imagina…rs