Paradoxos

É curioso como as coisas se desenham ao meu redor. E de repente eu tive um insight que me fez perceber o quão contraditório eu sou.

Talvez os meus vídeos sejam uma sequência de respostas que podem servir pra você que me lê (se é que alguém lê isso), mas é sobretudo, um tapa na minha cara, uma resposta profunda sobre minha grande dúvida ‘quem sou eu?’?

Falta de auto-estima, egocentrismo, ausência de ego, vaidade, arrogância, iluminado, transparente, falso… São tantos títulos e rótulos que me são feitos pelo que eu me apresento, que se torna óbvio que o que eu passo não é tão claro assim. Claro… se não é pra mim, como por ser pra alguém que pouco me conhece? Ou mesmo que teoria, me conhece a fundo?

Se nem minha própria irmã me conhece, e consegue dizer tantos absurdos a meu respeito, como pode alguém que eu acabei de ‘reencontrar’ me conhecer e me dizer quem eu sou?

Me dei conta disso e percebi que a resposta a essa pergunta não interessa. Não interessa quem eu sou ou o que eu faço, nem a mim mesmo, como bem percebi no E13.

E dois episódios depois eu fui além… Eu tenho uma história, tenho minhas feridas abertas ou cicatrizes, tenho meus traumas, meus medos, minhas inseguranças, e luto constantemente para ser ouvido, pra ser querido, pra ser compreendido, pois o que habita em meu âmago é o sentimento de fracasso, de abandono, de traição.

Então percebi que esse ímpeto por ser ouvido, não é iluminação ou bem querer. É apenas uma autodefesa, como um alimento à criança ferida que habita meu corpo.

Então a segunda temporada de Reencontros chega em seu final, antes do fim da viagem, antes de eu mesmo saber o que vai acontecer, mas dando a vocês uma resolução clara:

Não interessa mais onde eu vou ou se eu vou. Só interessa a minha intensão, a minha boa intensão. Não devo mais me importar com  o que pensa de mim ou de meus atos, e portanto, não devo mais perder tempo com essa transmissão.

A viagem segue, esse blog segue. Os vídeos vão dar uma parada, e eu retomo a terceira temporada não sei quando, mas com algo novo, com um ser novo, com alguém que não liga mais pra curtidas ou compartilhamentos. Que desistiu de monetizar e ganhar dinheiro com os vídeos.

Novamente eu estou desistindo de um plano, novamente eu posso carimbar um ‘fracassado’ em minha testa, mas dessa vez, eu faço isso com um dedo do meio levantado, e um grande e sonoro ‘foda-se’…

Vou cuidar dos meus…