Eu, réu confesso, confesso: Estou estagnado em três mulheres distintas. Cada uma com total poder de me fazer esquecer as outras duas, e todas com visível medo de se responsabilizar por isso.
Eu confesso que estou estagnado pois também temo as características dessas mulheres distintas: a ambivalência de uma, a bi-polaridade de outra e o marasmo intelectual da terceira.
As três vivem em universos também distintos e opostos. Cada uma tem uma linha amarrada em uma parte de meu corpo, e a que puxar primeiro, me ganha completamente, como um duelo de faroeste, um jogo de agilidade. Me ganha como um prêmio.
E eu posso deixar a modéstia de lado e afirmar “ganha como um prêmio”, pois realmente e literalmente quem puxar me ganha. Me ganha por inteiro: como anjo ou como demônio, para dar paz ou criar aventuras. Me ganha como homem ou como mulher, parceiro para a próxima dança ou sexo com simbiose quase homossexual. Me ganha como mentor ou como aluno, pra catequizar ou ser catequizada. Ser palmatória ou ser a mão, nos ventres, nos seios ou na alma.
Quem me puxar primeiro me afasta completamente das outras por que eu sei exatamente o que eu quero e o que eu quero é a coragem de me puxar. Independente das singularidades de cada uma, eu quero alguém com a coragem de me aceitar com minhas taurisses, teimosias, carências, exigências e sobre tudo, alguém que tenha coragem pois confia que todas as outras mulheres de minha vida, incluindo as outras duas, não existirão como ela existirá e co-existirá.
Enfim, um texto que era pra ser poético, se transforma em uma súplica e uma afronta a essas três mulheres distintas. E eu, réu confesso, confesso essas verdades, abatido à luz da lua minguante que interfere em meu humor, aparentemente para provocá-las a puxar logo a linha e me ganhar. Mas na verdade, sou réu, confesso, pois escrevo essas verdades como forma de assustá-las de vez.
Aparento querer fazer com que não tenham medo de mim, mas na verdade quero o oposto, para que fujam de vez, soltem as linhas, saiam do jogo e me deixem me mover.
Grande paradoxo, mas faz sentido, pense bem: A última que soltar a linha, demonstrara a coragem e me ganhara também.
(Continua em Verdades a Lua Nova)
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7 Comments
Texto cretino, mas deu inveja dessas tres mulheres. Deixa elas pra la e casa comigo!
Lindo
Puxei
Mas vc é uma das três!? Ta no jogo??? Mete a cara ai!!! rsrs
[…] Comece por Verdades a Lua que Míngua […]
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[…] Verdades à Luz da Lua que Míngua, retrata uma angustia diante da dúvida de quem abraçar, jogando a responsabilidade para o objeto direto do abraço. Os textos que seguem, Verdades a Lua Nova, Verdades a Lua Crescente e Verdades a Lua Cheia, mostra o desenrolar da história, a ilusão e desilusão que cada uma dessas 3 mulheres me causam, e o fechamento (ou não) do ciclo. […]