Comece por Verdades a Lua que Míngua
Depois de ter gritado a luz da lua que se retirava para seu silêncio mensal, querendo assustar as mulheres que me assombram, enfim o escuro se fez, à lua nova, é noite de silêncio.
Silêncio da mulher que ficou, me olhando por de trás de seus óculos disfarçantes. Ela fica em silêncio como se não soubesse nada de mim. Não sabe ou finge, pois está tudo ai…
Não lê meus textos (será), não se importa com o que eu faço, ri do que eu digo como se fosse tudo piada. Mas não se dá, não se entrega por completo, sempre com uma pitada de mistério que mostra que eu não a tenho ainda.
Deitá-la em minha cama e ter seus pés em minha boca, massagear seus quadris largos, estreitar em sua cintura até chegar com a boca em seus ouvidos e massagear a alma e o ego é o máximo que eu pude fazer. Então foge, como fumaça, some e reaparece com os cabelos voando do outro lado do quarto, quinze dias depois.
Diz que tem medo, como se fosse frágil, talvez como estratégia para eu relaxar. Mas eu não relaxo, ainda mais no escuro da lua nova. Eu tateio, rastreio em silêncio, desvendo seu corpo pelas frestas de seus botões, te lambo, te cheiro, te mordo, te puxo o cabelo até você seder, se deixar parecer, e perceber quem manda aqui.
Meu cabelo continuará bagunçado, minha barba por fazer e meu brinco não sairá de minha orelha. Você mesma vai abrir os botões da minha camisa, vai ajoelhar a minha frente e não vai querer ir embora, pois à lua nova, não haverá mais mundo além do que se sente em suas mãos.
Vai confessa, você lê sim. Você fuça e deseja. Se tem mesmo medo, já é hora de deixá-lo de lado. Foi você quem sobrou enquanto a lua minguava. Agora para de tentar ser invisível e cresça diante de mim, tire esses óculos cenográficos de sua face, mostre seus olhos e tente retirar minha coroa de “Rei da Verdade”.
(continua em Verdades a Lua Crescente)
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