A autoestima é tipo aquele botão de regulagem vertical que tinha nas TVs antigas. Você tem que fazer uma sintonia fina, pra não ter muita ou pouca. Sutil, de leve, ajustando e observando.
Só nunca faça o que eu não faria.
Saia com as amigas, seja observada, cantada, se sinta bela e desejada, como talvez eu não consiga mais lhe dizer que é. Não me sentirei traído se souber onde está. Se não beijar outra boca, não tocar outra face e não lhe tocarem a alma.
Volte pra mim com autoestima regulada, com a leveza da alma que te faz sorrir. Que te faz me abraçar sem medo, sem receios de que eu lhe troque por outras, dessas que as vezes olho por ai pra ajustar a minha própria autoestima.
Todas essas outras terão que fazer o mesmo, pois em determinado momento eu volto pra casa também, sem beija-las, sem toca-las a face ou a alma. Vão se questionar o que há de errado.
Volto pra quem me espera, quem me cuida, quem eu escolhi pra estar comigo sempre, mesmo que não consiga mais lhe dizer que é.
As vezes olho por ai, pra ajustar minha autoestima, como o botão de regulagem vertical de uma tv antiga, onde a imagem roda e roda, mas quando a sintonia é feita e dá pra ver a cena, é com você que estou.
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