O grande desafio de minha vida é acreditar sempre que tudo no Universo é providencial. Como a própria palavra sugere “Universo”, cultivar minha mente para o Único, Uno. Ter a certeza de que não existe bem e mal, e que tudo faz parte de UM grande plano universal (redundâncias de palavras).
Eu falo isso gratuitamente, não despropositalmente, mas gratuitamente no sentido de não cobrar nada. Eu estudo algumas coisas na vida e estas coisas custam dinheiro, então cobro para colocá-las em prática. Mas outras coisas que estudo eu recebo de graça e passo de graça. Tenho ciência da pequenês de meu cérebro quando contestei o ato de uma pessoa por cobrar um conhecimento que eu dou de graça.
A minha humilde opnião e condição humana julga esta pessoa de várias maneiras, mas este texto não é pra julgar ninguém. O fato é que minhas contestações se tornaram públicas e aparentemente prejudiquei a “palestra” cobrada que essa pessoa iria dar. Porém como posso crer que eu “prejudiquei” algo se tento crer que o Universo é sempre providencial.
Heis que o moderador do debate resolveu encerrá-lo para não prejudicar a palestra da tal pessoa, tendo em mente a providência do Universo (ela deve ter o seu papel no planeta e a palestra dela, mesmo paga, deve servir para algo). Em minha busca pela unicidade, concordei com o moderador, mas me coloquei a pensar: Imaginemos que no dia da palestra dessa pessoa, uma grande tempestade caia e o teto do recinto desabe matando todos os presentes. Mas com o debate que eu criei, algumas pessoas deixaram de ir na palestra e por isso não morreram. O moderador que deletou o debate impediu que algumas pessoas o vissem, essas pessoas foram e morreram…
Quem é o bom e quem é o mau? Quem foi certo e quem foi errado? Considerando que, ao meu ver, a morte é uma dádiva, um sinal de missão cumprida na terra, então ai está o papel da pessoa que cobra: fazer palestras para criar condições ao Universo de levar os participantes para a “próxima fase da vida”. Pensando assim, eu agi mal em “prejudicar” sua palestra. Mas o fato dela cobrar também impede que pessoas que não tenham dinheiro vão a palestra e “morram”, então ela também age mal cobrando. E o moderador que apagou o debate é o único bom da história?
Crendo que todos que foram deveriam ir, então sim, mas pode ser que alguém que morreu, morreu antes da hora pois deveria ter visto meu debate e desistido de ir, além do mais, seu ato benigno só foi possível pois existiu o ato mal dela cobrar e o meu ato mal de criar o debate que permitu que o bom ato dele se concluísse…
Enfim, não há respostas e essas palavras são para refletirmos quão pequeno é nosso cérebro humano. Incapaz de compreender as manobras do Universo para continuar em curso. Basta a nós intuirmos quando agir e quando silenciar, cultivar a Unicidade mas não debruçar no comodismo. Como diz aquela propaganda de whisk: Keep Walking!
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