O egoísmo destrói coisas belas. Rompe laços de família, desmonta casas, desfaz tradições. Enquanto isso, o ego faz a voz sair mais alta, o grito gera o atrito e outros egos conflitam, tornando a convivência insuportável.
O movimento egoista mata tudo o que está em volta, deixa os caminhos mais longos e tão pouco agradáveis.
Eu lutava para manter todos vivos, as vozes baixas, os móveis no lugar, espíritos em silêncio e paz. Mas de repente, num momento de luta em meu próprio silêncio, descobri que esta minha atitude “anti-ego” era tão egoista quanto a que eu tentava combater nos outros.
Então descobri que o silêncio é realmente necessário, mas só é providencial e justo se for despretensioso.
Logo me calo, não como sinal de manifesto, mas sim como meio de deixar cada um agir como acha que tem que ser, sem a minha interferência e dos gritos de meu ego.
Se livrar do ego é entregar o julgamento de tudo e todos ao Universo. Deixar que Ele diga o que é certo ou errado e que defina a linha do caminho que devemos seguir, e só então segui-lo. Com discernimento e paz de espírito, falando baixo e sem nenhuma palavra.
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