Enfim chegou o dia de ir busca-la. Quando cheguei, ela estava terminando de ‘se arrumar’. Com lencinho no pescoço e lacinhos na orelha. Talvez não seja muito o estilo que ela vai ter no decorrer de sua vida, mas estava linda…
Instruções dadas, e enfim iamos pra casa.
A carinha dela me olhando quando a coloquei dentro do carro, derreteria os corações mais frios. Visivelmente perguntava “quem é você? onde está me levando?”
No caminho de casa, ela ficou muito incomodada, se encolheu no banco e chorava baixinho. De vez enquando olhava pra mim quase que pedindo para eu leva-la de volta. E aquele olhar… eu quase levei!
Ao chegar em casa, coloquei ela no hall e fui abrir a porta do apartamento. Chamei ela, e deixei ela entrar sozinha. Demorou!
Ela parou na porta e ficou bastante tempo ali, olhando para mim, adquirindo confiança.
Enfim entrou. Por si só. Vasculhou tudo, cheirou cada canto. Ignorou as bolinhas. Eu fiquei sentado no tapete da sala, esperando. Então, como um passe de mágica, ela percebeu que ali era sua nova casa. Veio até mim, lambeu, banou o rabo, deitei no chão e brincamos. Nossa primeira brincadeira!
Sim, garota. Sou seu dono, e vamos nos divertir muito!
Agora, no momento que escrevo isso, ela está aqui desmaiada, depois de brincar bastante! E acabo de descobrir que ela é sonambula. Ta aqui choramingando enquanto dorme!
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