Parte do processo

A muito tempo eu tenho estado sozinho e a tanto tempo também eu procuro me mudar, para poder ter um cão.

Me lembro uma vez, quando namorava, respondi a uma tia muito querida que só teria filho quando tivesse estrutura. E ela, em sua imensa sabedoria disse “sua estrutura vai ser sempre de acordo com sua necessidade. Só depois de ter um filho, você vai adquirir estrutura para tê-lo”.

Ok, tudo bem, longe de eu estar falando de um filho. Mas uma cachorra, de porte grande em um apartamento. Vamos ver o que rola…

Vi o anúncio na internet e quando cheguei no petshop para conhece-la, seu irmãozinho veio correndo, pulando, todo estabanado. Eu agachei e disse “vim ver ela, mas acho que ele que me escolheu”.

Do mesmo jeito que veio, se foi, pulando e brincando com todos que estavam presentes. Já ela, veio de mansinho, se aninhou sob minha perna dobrada e colocou a patinha em meu joelho. Estava selada nossa relação!

Eu ainda tinha um monte de dúvidas e pendências (inclusive financeira) que me impedia de fechar aquele ‘negócio’. Fui embora com a imagem daquela pequena me olhando. Aqueles olhinhos, aquele ‘sorriso’.

Procurei alguns outros canis, mas tinha a impressão de estar traindo ela. Tinha que ser ela. E depois de quatro dias não dormindo direito, pensando naquela menina, enfim resolvi me sacrificar.

O sacrifício faz parte do processo. Sair da zona de conforto é necessário para mudar de fase. A nova fase agora é com uma companheira, que eu tenho certeza que será muito boa em minha vida, em todos os sentidos, social, profissional e principalmente espiritual.

Segunda-feira ela estará comigo! Bem vinda, Samanta!!!

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